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  Dia 02 de abril é dedicado mundialmente à Conscientização do Autismo. Este é caracterizado pelo atraso no desenvolvimento das habilidades sociais, comunicativas e cognitivas. É um dos mais conhecidos entre os Transtornos Invasivos de Desenvolvimento e diversos tipos de intervenções podem ser usadas afim da melhoria na qualidade de vida.

     É aqui que a Nutrição entra.

    A literatura traz que, com relação à alimentação, pode-se observar aspectos marcantes durante as refeições: seletividade, que limita a variedade de alimentos, podendo levar a carências nutricionais; recusa, mesmo ocorrendo a seletividade é freqüente a não aceitação do alimento selecionado o que pode levar a um quadro de desnutrição calórico-proteica e a indisciplina que também contribui para a inadequação alimentar.

    Além disso, algumas observações clínicas mostram que crianças autistas possuem maior risco de excesso de peso por conta da dificuldade da prática de exercícios, isolamento social, proporcionando aumento do sedentarismo. Assim como, os hábitos alimentares inadequados.

    A terapia Nutricional tem como objetivo melhorar a saúde física e bem estar desses indivíduos. Algumas evidências trazem que uma dieta livre de glúten e caseína pode melhorar os sintomas periféricos e os resultados de desenvolvimento em alguns casos de condições do espectro autista. 

   Antes da introdução dessa dieta complementar, é importante ressaltar a importância do leite materno para o sistema imune, maturação intestinal e a prevenção de doenças que atacam o sistema nervoso central.

Em relação a retirada da caseína e glúten são pontos discutidos, já que essas proteínas podem funcionar como “gatilho” para crises comportamentais, alergias e transtornos gastrointestinais, o que justifica a retirada dos mesmos das mesmas na intervenção dietética.

   

    Sendo assim, podemos observar que a intervenção nutricional pode contribuir para melhoria na qualidade de vida do indivíduo autista, tendo em vista que minimiza ou diminuí alguns sintomas, melhorando seu comportamento e sociabilidade. A alimentação equilibrada e adequada irá proporcionar melhora da interação do indivíduo autista com seus familiares e amigos, melhoria do foco, concentração e atenção, melhora da comunicação e contato visual, controle de crises de raiva e reações de pânico a lugares desconhecidos e incremento da linguagem oral e função intelectual.

Nutrição e Transtorno do Espectro Autista é a abordagem do próximo evento que a Nutrir – Empresa Júnior de Nutrição da UFBA realizará. A palestra terá abordagem psicológica e nutricional e ocorrerá no dia 20 de abril de 2018. Acompanhe as redes sociais para saber mais detalhes do nosso evento!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

CARVALHO at al. Nutrição e Autismo: Considerações sobre a alimentação do autista. Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.5, n.1, Pub.1, Janeiro 2012. Disponível em: < http://www.emforma.net/downloads/estudos/70156.pdf>

LEAL et al. Terapia Nutricional em crianças com transtorno do espectro autista. Cadernos da Escola de Saúde, UniBrasil. Curitiba, 2016. Disponível em: <https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/47169>

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